27 de junho de 2003

TRANPORTES
Hoje esperei, à torreira do sol, mais de uma hora pelo autocarro 9. Eu e uma gigantesca fila que se ia reproduzindo em direcção ao Teatro Nacional (onde por sinal, dezenas de africanos clandestinos me pareciam bastante descontraídos). Pensei tratar-se de uma das habituais greves individuais da Carris, uma modalidade que consiste em não sair com os autocarros a horas, em protesto pelas condições desumanas de trabalho (como terem que ligar o ar condicionado nos dias de calor e assim...). Havia entre os meus colegas outras opiniões sobre o atraso, sendo a mais aceite a de "estar a dar um jogo antecipado da bola". Como todo o utente dos transportes públicos de Lisboa sabe: dia de futebol é dia de Aguenta Na Paragem Que Eu Já Lá Vou.
Mas parece que desta vez eram os taxistas.
Essas pacíficas criaturas tinham marcado um piquenique para hoje e resolveram entupir a as ruas, parando os carros. Nada de novo, portanto. A manifestação começou mais tarde porque a maioria, mercê do hábito enraizado, pôs-se a dar voltas na cidade em vez de ir directo para o sítio marcado.
Não percebi bem a razão do protesto, mas penso que reclamam subsídios para acabarem a 4ª classe e comparticipação nas pastilhas para a rouquidão. É que insultar diariamente dezenas de passageiros dá cabo da garganta... PÓ PÓ!!

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